"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Eu tenho fome...

Da luz da lua perdida em algum sutiã
Brilho difuso que se perde, ao se achar...

Fome da hora em que se nasce
Da alegria do primeiro choro
Feito de dor e sangue...

Fome da cruz que se carrega e que nunca apodrece
Nem quebra, nem é corroída pelo tempo...

Fome de um justiça que diz justiças...

De um amor!
Ah! Fome de um amor que seja cantiga de roda (puro e simples)

Fome de brincar na rua
De ruas com gente viva, inteira...

Fome de pés que caminham, e que não precisam correr o tempo todo
Fome da luz que se dá, quando encontra-se quem a receba
Fome de ser lanterna, lamparina ou vela...

Fome do silencio, e de sentir o barulho estrondoso que ele nos causa...

Fome de ser o que se é
E só.


18/07/2007

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