"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

quarta-feira, 5 de setembro de 2012


Na tua casa...
lá está o homem como sempre esteve.
As mãos escondidas em bolsos que nada guardam
os olhos úmidos de não mais ver-te...
As paredes tão brancas lembram o tempo em que tudo queríamos colorir...
A tua presença, teu desfile paira diante da minha cara assustada.
Eu sou uma breve descrição do que em mim é muito maior.
Palavras foram feitas pra esconder o que se deve saber.
Saudade nada diz se eu não tiver em mente o vazio que a tua partida deixou.
Nas calçadas sempre guardo o espaço que era teu
e caminhas ao meu lado
Alto, branco...
O homem anjo e demônio
que me acalma e sacode.
Sinval Garcia.

Xica Lima
14/08/2012