"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Gosto de inventar no tempo o encontro com teus olhos...

25/09/2015

sexta-feira, 5 de junho de 2015







Dói o meu corpo no corpo da meretriz
Doem-me os olhos de tanto morrer o outro que há em mim
A dor que assola o oculto
O malfeito
O que todos temem...
Essa dor me aniquila e nada consigo fazer...
Quedam minhas mãos inúteis sobre este mal escrito poema
Que nada diz daquilo que me dói... Posto que a palavra se faz pouca, pequena, absurda...
Silencio.
As flores todas seguem doloridas, sangrando...

Xica Lima

05.06.2015

sábado, 14 de fevereiro de 2015





Às vezes tudo que se espera é que o telefone toque,
Que de manhã a cama denuncie uma bagunça de gente,
Que os pratos na pia sejam dois...
Às vezes tudo que se espera é que a chuva nos presenteie com um arco íris,
e que o sonho seja de fato possível...
e quando todos estiverem em festa, a maior festa seja aqui dentro de nós...
Porque o que esperamos deve ser sempre o melhor que podemos criar mesmo que na imaginação, ou no coração...
Que a vida nos seja leve,
como o sopro divino que nos lançou nesse lugar...

Xica Lima
14/02/2015

sábado, 17 de janeiro de 2015







Aí um dia eu abro a porta espero que seus passos ressoem nesse caminho tão curto...
E espero... E espero...
Mas nada me da evidencias de que seu coração esteja aqui
Como o meu está...
Então a porta aberta fica silenciosa
No caminho nada ressoa a não ser o som da minha respiração que espera...
No tarde dos dias essa sensação da saudade do que podia ter sido
A memória doce costurada com linha fina
E que minhas pequenas mãos teimam em segurar...

Xica Lima

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015





E lá estava aquele que me desafiava...
De olhos noturnos quase não me via,
E eu passei com o vento pela sua testa latina...
No meio das palavras perdia-se o tempo.
Eu tentei enganar as horas até que a chuva viesse,
Mas não deu...
Assim fomos abandonados... Eu, e ele.

Xica Lima

12.01.2014