"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

sexta-feira, 5 de junho de 2015







Dói o meu corpo no corpo da meretriz
Doem-me os olhos de tanto morrer o outro que há em mim
A dor que assola o oculto
O malfeito
O que todos temem...
Essa dor me aniquila e nada consigo fazer...
Quedam minhas mãos inúteis sobre este mal escrito poema
Que nada diz daquilo que me dói... Posto que a palavra se faz pouca, pequena, absurda...
Silencio.
As flores todas seguem doloridas, sangrando...

Xica Lima

05.06.2015