Carrego no meu sangue o som do gonguê
Dentro de mim homens e mulheres que caminharam por este chão
Gritam suas vontades e sua história...
Meus braços doem
No cansaço insano de suor e força
Eu sou de ferro e aço
E ressôo no mundo
Filha do grito primário da Terra...
Meu estandarte felino
No meu andar feminino
Vestido branco
Minhas unhas de sangue
Meus pés... De longe...
Seguindo o rastro dos meus antepassados
Guardados pra sempre
Dentro de mim...
Então eu canto.
Xica Lima
28/10/2007
Feminino, fotografia, contos, histórias, poesia, jornadas fotográficas, eventos.
"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Unha vermelha...corre
Eu cravo...não rosa...
Beijo de língua
Eu quero um verso na boca da noite
Tua prosa...
Fora tudo isso
Eu quero mesmo é ser a puta que o pariu
E que seja
De gozo e festa
Porque o que presta é a farra da noite inteira
De manha
Leite de cabra
Torresmo
Angu...
No mais...
Ai que preguiça
Amanha eu te conto...rs
Xica Lima
28/10/07
Eu cravo...não rosa...
Beijo de língua
Eu quero um verso na boca da noite
Tua prosa...
Fora tudo isso
Eu quero mesmo é ser a puta que o pariu
E que seja
De gozo e festa
Porque o que presta é a farra da noite inteira
De manha
Leite de cabra
Torresmo
Angu...
No mais...
Ai que preguiça
Amanha eu te conto...rs
Xica Lima
28/10/07
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Hoje quero deitar no meio da tarde e ficar horas esperando que o tempo passe por mim... Sem me ver...
Hoje eu quero passar sem ser vista...
Vou buscar um buquê de margaridas (que margarida é flor simplinha feito eu nua)...
Quero encher o mundo de margaridas
Eu quero virar brisa
Bailarina
Quero dançar forró atada a mão de algum cangaceiro
Eu quero ser de alguém... Sem ser...
Hoje eu quero jogar fora meus tênis
Andar descalça
Eu quero cantar na rua uma música que aprendi na infância
Quero que me digam: louca!
Ai, que de loucura e alegria eu sou feita toda...
Hoje eu quero (quero muito mesmo)
Beber na boca amada um gosto de festa
Um gosto de língua e alma
Um gosto...
Hoje eu vou andar maltrapilho
Servir de sexo e farra, homens que eu nunca vi
Banhar de leite meninas que eu não sei
Virar sereia na água do mar de Netuno...
Iemanjá me dê sua benção
Oxum me ensine a dançar
Venham de lá todos os dançarinos
Os alegres
Os que vivem profundamente
Venham de lá...
Que hoje eu de cá os recebo...
Sou um vaso onde se encerram todas as alegrias do universo
E hoje derramo no mundo tudo que sou...
Eu sou de água e vento
De um tempo
Onde fora é dentro
Lento...
Xica Lima
25/10/2007
Hoje eu quero passar sem ser vista...
Vou buscar um buquê de margaridas (que margarida é flor simplinha feito eu nua)...
Quero encher o mundo de margaridas
Eu quero virar brisa
Bailarina
Quero dançar forró atada a mão de algum cangaceiro
Eu quero ser de alguém... Sem ser...
Hoje eu quero jogar fora meus tênis
Andar descalça
Eu quero cantar na rua uma música que aprendi na infância
Quero que me digam: louca!
Ai, que de loucura e alegria eu sou feita toda...
Hoje eu quero (quero muito mesmo)
Beber na boca amada um gosto de festa
Um gosto de língua e alma
Um gosto...
Hoje eu vou andar maltrapilho
Servir de sexo e farra, homens que eu nunca vi
Banhar de leite meninas que eu não sei
Virar sereia na água do mar de Netuno...
Iemanjá me dê sua benção
Oxum me ensine a dançar
Venham de lá todos os dançarinos
Os alegres
Os que vivem profundamente
Venham de lá...
Que hoje eu de cá os recebo...
Sou um vaso onde se encerram todas as alegrias do universo
E hoje derramo no mundo tudo que sou...
Eu sou de água e vento
De um tempo
Onde fora é dentro
Lento...
Xica Lima
25/10/2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Do néctar da terra eu te colhi.
Enchi do teu ar meus pulmões de anciã
Servi-me de teus risos
Das tuas gentilezas...
Entre as tuas pernas eu dormi
Ressonado meus sonhos de louca...
Minhas rezas, todas,
Eu te ofertei...
Eis-me, colhendo em ti o teu melhor
E servindo-te o meu melhor
Coisas que desaprendi ao te encontrar
E desaprendendo... Só então,
Voltei de um tempo onde nada havia
Além da falta que te sentia.
Xica Lima
15/10/2007
Enchi do teu ar meus pulmões de anciã
Servi-me de teus risos
Das tuas gentilezas...
Entre as tuas pernas eu dormi
Ressonado meus sonhos de louca...
Minhas rezas, todas,
Eu te ofertei...
Eis-me, colhendo em ti o teu melhor
E servindo-te o meu melhor
Coisas que desaprendi ao te encontrar
E desaprendendo... Só então,
Voltei de um tempo onde nada havia
Além da falta que te sentia.
Xica Lima
15/10/2007
O tempo toma conta de mim
Sou índio desprovido de rio
Minh’alma quer voar
Beber na escuridão das noites qualquer coisa de fogueira e ferro.
Minha alma segue de vento e mar
Indignada com a velocidade das mudanças
E ao mesmo tempo, encantada com a musica que componho em meu ser...
Tenho notas musicais presas ao meu umbigo de mãe
E trago de varias inquisições
A minha força e o meu grito...
De notas, força e grito
Eu te canto
Te acalanto
E se te causo algum espanto
Pronto!
O tempo... o índio... e eu.
Xica Lima
14/10/2007
Sou índio desprovido de rio
Minh’alma quer voar
Beber na escuridão das noites qualquer coisa de fogueira e ferro.
Minha alma segue de vento e mar
Indignada com a velocidade das mudanças
E ao mesmo tempo, encantada com a musica que componho em meu ser...
Tenho notas musicais presas ao meu umbigo de mãe
E trago de varias inquisições
A minha força e o meu grito...
De notas, força e grito
Eu te canto
Te acalanto
E se te causo algum espanto
Pronto!
O tempo... o índio... e eu.
Xica Lima
14/10/2007
Fica bem longe o lugar de onde vim...
Está longe o lugar pra onde vou
Onde é?!
Tão longe que não se sabe a medida
Tão longe que treme meu coração
De ansiedade e susto.
Há um feriado
Um ser descalço, criança.
Um velho que fuma
Um caboclo que benze
Há balas
Cantigas
Amanheceres
E há ainda
Teu convercê de madrugada
Um gosto que te roubei
E a delicia de não saber
Quão longe é o que se idealiza
E quão dentro está o que me paralisa...
És de fé e calor
A fogueira onde ardem
Meus mais doces pecados...
Xica Lima
11/10/2007
Está longe o lugar pra onde vou
Onde é?!
Tão longe que não se sabe a medida
Tão longe que treme meu coração
De ansiedade e susto.
Há um feriado
Um ser descalço, criança.
Um velho que fuma
Um caboclo que benze
Há balas
Cantigas
Amanheceres
E há ainda
Teu convercê de madrugada
Um gosto que te roubei
E a delicia de não saber
Quão longe é o que se idealiza
E quão dentro está o que me paralisa...
És de fé e calor
A fogueira onde ardem
Meus mais doces pecados...
Xica Lima
11/10/2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Havia uma grande janela ao acordarmos
Uma revoada tomou conta do lugar
Não eram pássaros... era afeto...
E o quarto sorriu da nossa falta de pressa.
Já era tarde no relógio do mundo
Manhã de frio e coberta
Veja meu Rei:
Café, agasalho e instrumentos...
No mais
Tua mão na minha
Leve descoberta
E o mundo sorriu.
Xica Lima
01/10/2007
Uma revoada tomou conta do lugar
Não eram pássaros... era afeto...
E o quarto sorriu da nossa falta de pressa.
Já era tarde no relógio do mundo
Manhã de frio e coberta
Veja meu Rei:
Café, agasalho e instrumentos...
No mais
Tua mão na minha
Leve descoberta
E o mundo sorriu.
Xica Lima
01/10/2007
Dentro de mim tantos mundos...
E se me param nas ruas, estranhos...
Infantis são os homens e seus filhos
E os filhos dos filhos
Minhas costelas nada sabem de Marte ou Vênus
Nem meus pés pequenos bailaram na gravidade da lua
Minha mente, espírito, coração
Viajam
Em vôos noturnos
Com olhos abertos
Minha destra alcança tua nuca
E de carinho
Enche-te como a um jarro...
Sou liquida
De som e água eu te batizo.
Xica Lima
01/10/2007
E se me param nas ruas, estranhos...
Infantis são os homens e seus filhos
E os filhos dos filhos
Minhas costelas nada sabem de Marte ou Vênus
Nem meus pés pequenos bailaram na gravidade da lua
Minha mente, espírito, coração
Viajam
Em vôos noturnos
Com olhos abertos
Minha destra alcança tua nuca
E de carinho
Enche-te como a um jarro...
Sou liquida
De som e água eu te batizo.
Xica Lima
01/10/2007
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