"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

segunda-feira, 4 de junho de 2007

13º dia voando leve...

Um voar no vácuo, e plaino feito asa delta... Sem a preocupação de ir pra qualquer lugar, apenas estar assim... Leve.
Receber de Deus essa brisa, presente tão doce quando nada mais te parece acarinhar...
Quais os símbolos que me movem neste momento, se nem o dinheiro nem o amor estão aqui, apenas eu e a brisa, num colóquio amoroso e simples.
Quero deitar na grama ao lado de uma cachoeira, e ficar horas ouvindo o som da água caindo, buscar refúgio neste som e com ele criar uma música, notas que vão partindo-se como querendo partir meu pequeno coração de borboleta... Um arco-íris deve surgir, pra colorir de vida a música única que eu criar, e deve haver um riso de criança, para que a música carregue com ela a pureza e a alegria da infância...
Deus, deixe-me ser tudo que posso. Deixe-me voar em busca dos meus símbolos perdidos, deixe-me quedar exausta da alegria que é o amor. Permita que eu crie mais, que eu ame mais, que eu agradeça mais. Deixa-me gritar vez ou outra um palavrão, que de raiva e impulso também se tira alguma sabedoria. Me deixa ferir com agulha fina e lacera meus órgãos pecadores, que minha alma, esta não se corrompe. Dá-me Deus a sublime sabedoria dos que lastimam menos, e amam mais. E a música que eu criar, de cachoeira, arco-íris e criança, terá ainda a força e o calor dos que vivem tudo, da dor ao amor, e meu vôo e meu descanso ganharão um signo novo, com jeito de terra e alma de anjo...

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