"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Neste instante o silêncio me completa.
Há um transbordamento...
Eu sou o jardim, mas ele não me é.

As flores reclamam
Tudo são reclamações de flores...

(Agora sim, estou pensando e deixo de transbordar.)

Sinto o palpitar da grama no meu umbigo
Formigas bebem orvalho
Sim
Há um transbordamento...
Me sinto lagarto
Fico verde como o jardim
Eu “como” o jardim
Bebo o néctar das margaridas
Viro margarida.
Há esse mudar
Ir
Vir
Coisa boa...

Ouço o silêncio
E ele me ouve.

Apenas isso.

Xica Lima
06/01/2008

O jardim está de barro, e o cheiro desse fermenta dentro de mim... Volto ao tempo em que também fui de barro, e fechando os olhos deixo entrever a Terra e a água de onde nasci.

Xica Lima
06/01/2008

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