"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Carrego no meu sangue o som do gonguê
Dentro de mim homens e mulheres que caminharam por este chão
Gritam suas vontades e sua história...
Meus braços doem
No cansaço insano de suor e força
Eu sou de ferro e aço
E ressôo no mundo
Filha do grito primário da Terra...

Meu estandarte felino
No meu andar feminino
Vestido branco
Minhas unhas de sangue
Meus pés... De longe...

Seguindo o rastro dos meus antepassados
Guardados pra sempre
Dentro de mim...

Então eu canto.

Xica Lima

28/10/2007

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