"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

terça-feira, 20 de junho de 2017



Um coração que se perde no meio das tardes
Que sangra e ainda assim, agradecido segue...
Olhos que cantam o amor universal
E vez em quando, desaguam na saudade do abraço...
Mãos que criam, inventam, reinventam
E buscam o tato frágil da presença do ser amado.
Quando todos forem embora,
Quando só o silêncio invadir as janelas,
Esse coração calado e cansado há de revirar alguns livros como sempre,
Na busca das respostas que nunca chegam a tempo...
Quedará sobre algum travesseiro úmido de ausência
E como sempre tem feito: recomeçará.
Nada nesse coração é embuste, posto que a ele só fosse dada a condição de amar profundamente...
E não é o mundo que é raso, Não!
É o coração que perdeu todas as medidas e ainda assim, não desistiu de si mesmo,
Nem de ti, que agora lê estas poucas linhas...
Xica Lima

01/05/2017

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