Na tua casa...
lá está o homem como sempre esteve.
As mãos escondidas em bolsos que nada guardam
os olhos úmidos de não mais ver-te...
As paredes tão brancas lembram o tempo em que tudo queríamos colorir...
A tua presença, teu desfile paira diante da minha cara assustada.
Eu sou uma breve descrição do que em mim é muito maior.
Palavras foram feitas pra esconder o que se deve saber.
Saudade nada diz se eu não tiver em mente o vazio que a tua partida deixou.
Nas calçadas sempre guardo o espaço que era teu
e caminhas ao meu lado
Alto, branco...
O homem anjo e demônio
que me acalma e sacode.
Sinval Garcia.
Xica Lima
14/08/2012
Ah, Xica...é uma presença que se faz na falta...aquilo que guardo, mas não posso mais entregar, o presente não dado...
ResponderExcluirOrlando
Copio prá ti um dos poemas de Max Martins, poeta paraense que, com sua poesia, tantos tempos nossos em Belém:
Estranho
Não entenderás o meu dialeto
nem compreenderás os meus costumes.
Mas ouvirei sempre as tuas canções
e todas as noites procurarás meu corpo.
Terei as carícias dos teus seios brancos.
Iremos amiúde ver o mar
Muito te beijarei
e não me amarás como estrangeiro.
Max Martins
Lindo Orlando, sei que sentes com tamanho carinho as estranhesas de que falo... bjus querido.
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