"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

As crianças empalidecem nos portões
Abre-se a janela mágica das manhãs
Teu sono se confunde com os jardins
E de gota em gota eu bebo teu suor e tua saliva...

A verdade é uma faca amolada.
Minhas cicatrizes eu trouxe pra enfeitar a cama em que dormimos...

Apenas estreita-me em teu ombro
Param os trens
O burburinho das cidades emudece.

Há um silêncio.

Milhares de vezes as idéias chegam e se vão
E é quase uma oração o que te sinto.

Retirei o véu que cobriu nossa primeira manhã cinza
E de ouro e carinho pendurei o sol na nossa casa colorida

Foi um jeito que encontrei pra dizer que te amo.

Foi um jeito de não precisar escrever...

O mundo hoje está calmo.



Xica Lima
22/02/08
07:25 hs

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