"Com pedaços de mim eu monto um ser atônito."
Manoel de Barros

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Minas Gerais, 2013




Chegamos a Mariana, cidade mineira, quieta, cheia de um charme antigo, meio Barroco. As janelas parecem desenhos perfeitos, e no Corpus Christi exibem lençóis, numa grande colcha de retalhos onde unem a fé e o júbilo.
Não posso deixar de falar da comida, ah! Sem comparações, mas minha predileção por doces me faz lembrar apenas destes: doce de leite, cocada cremosa, goiabada, queijo, rocambole, bolos dos tipos mais variados, meu Deus perdoe-me os olhos bem maiores que a barriga rs.
E o sotaque?! Musica.
Mariana é um sonho tranqüilo, tem a força das ladeiras que sobreviveram ao tempo. O órgão na igreja invade os meus sonhos mais pequeninos e me faz criança por uns minutos... Tudo tão perfeito!
Depois Belo Horizonte, com a Lagoa da Pampulha, Niemeyer que colocou no mundo sua marca cheia de movimentos, insinuações de curvas femininas, mulheris.
Em Ouro Preto, ladeiras, orlas para estudo e contemplação, a massa barroca me invade como um susto, tanta é a grandeza que quase me converto ao silencio dos confessionários... Não fosse eu uma pecadora convicta.
Uma volta em Tiradentes, um café coado na hora, tão simpático e tão simples, há quanto tempo não recebia um carinho de café, me lembrei muito de Sinval, que sempre me recebia com a cafeteira italiana já no fogão...
Uns amigos antigos, uns amigos novos, todos amados.
A graça sublime pode ser comparada a esse contentamento de ser feliz aos pouquinhos, com pessoas do bem.
Eu trouxe comigo muitas aulas, arte que não se pode nem deve medir, amigos, momentos que nada mais me pode roubar.
Grata é assim que me sinto, e como costumo dizer:
Meu copo transborda.

Xica Lima

05/06/2013

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