Chegamos
a Mariana, cidade mineira, quieta, cheia de um charme antigo, meio Barroco. As
janelas parecem desenhos perfeitos, e no Corpus
Christi exibem lençóis, numa grande colcha de retalhos onde
unem a fé e o júbilo.
Não
posso deixar de falar da comida, ah! Sem comparações, mas minha predileção por
doces me faz lembrar apenas destes: doce de leite, cocada cremosa, goiabada,
queijo, rocambole, bolos dos tipos mais variados, meu Deus perdoe-me os olhos
bem maiores que a barriga rs.
E o
sotaque?! Musica.
Mariana
é um sonho tranqüilo, tem a força das ladeiras que sobreviveram ao tempo. O órgão
na igreja invade os meus sonhos mais pequeninos e me faz criança por uns
minutos... Tudo tão perfeito!
Depois
Belo Horizonte, com a Lagoa da Pampulha, Niemeyer que colocou no mundo sua marca cheia de movimentos, insinuações
de curvas femininas, mulheris.
Em Ouro Preto, ladeiras, orlas para estudo e
contemplação, a massa barroca me invade como um susto, tanta é a grandeza que
quase me converto ao silencio dos confessionários... Não fosse eu uma pecadora
convicta.
Uma volta em Tiradentes, um café coado na hora,
tão simpático e tão simples, há quanto tempo não recebia um carinho de café, me
lembrei muito de Sinval, que sempre me recebia com a cafeteira italiana já no
fogão...
Uns amigos antigos, uns amigos novos, todos
amados.
A graça sublime pode ser comparada a esse contentamento
de ser feliz aos pouquinhos, com pessoas do bem.
Eu trouxe comigo muitas aulas, arte que não se
pode nem deve medir, amigos, momentos que nada mais me pode roubar.
Grata é assim que me sinto, e como costumo dizer:
Meu
copo transborda.
Xica Lima
05/06/2013
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