A minha memória é uma casa grande
Flores invadem minha manhã cinza
Um homem caminha ao meu lado, alto e branco
Sim ele tem um nome, mas recuso a pronunciá-lo...
Tenho algumas crianças no meu colo
Risos pequeninos que guardarei pra sempre...
Trago canduras e lonjuras
Histórias de acordar mais cedo
Barulho bom de cachoeira
Amigos que amo e amarei pra sempre...
Uma mulher e um homem que cuidaram de mim desde sempre
Chamei-os “pais”, poderia tê-los chamado “amor”, talvez
traduzisse algo... não sei.
Eu tenho unhas vermelhas
Não sei decorar nomes, minha memória está cheia de
imagens, não cabem nomes...
Eu coloco no lugar de letras todas as cores, e assim vão
sendo acumulados os meus amores...
Enfim, obrigada a todos que me amaram, sinto-me
extremamente grata.
Sinto-me feliz.
Xica Lima
10/12/2012
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